segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O papel das datas comemorativas na Educação Infantil


O mês de novembro foi marcado pela continuidade da revisão do PPP da UMEI Rosalda Paim. Para potencializar a discussão, a Professora da Faculdade de Educação da UFF,  Dra. Marta Maia, participou de uma das reuniões de planejamento, que apesar da suspensão das aulas, continua ocorrendo toda quarta-feira, virtualmente. 

A Professora Marta Maia nos convida a refletir sobre o lugar ocupado pelas datas comemorativas na Educação Infantil, uma vez que historicamente as efemérides têm se constituído como um currículo comum nas escolas que atuam com os anos iniciais da educação básica. Por outro lado, amplia o debate quando afirma que a educação infantil é espaço de constituição de subjetividades. 


Questões como, qual o lugar da criança na constituição do currículo? Como são escolhidos os assuntos e festividades que serão realizadas ao longo do ano? Que eventos culturais, de fato, são importantes para a UMEI Rosalda Paim? Tais indagações nos permitem refletir sobre as datas comemorativas e onde elas se encaixam (ou não) em nossas atividades.



Datas são marcas do tempo. Qual o evento mais concreto da vida das crianças? E qual é o lugar do aniversário da criança, na escola, do dia em que comemoramos sua chegada no mundo? Não seria esta uma marca de sua singularidade? Estas e muitas outras indagações fizeram parte dessa importante discussão que entendemos ser um dos aspectos essenciais quando pensamos na construção do currículo e do próprio projeto político pedagógico de uma escola. 


Um encontro que nos convida a refletirmos sobre 
concepções e ideias muitas vezes consolidadas. No entanto, pensar a educação infantil é compreendê-la como etapa da educação básica complexa, que vai muito além de datas comerciais ou historicamente ditadas como importantes. 

sábado, 28 de novembro de 2020

Acolhida aos Estagiários - 2020

Desde 2014, a UMEI Rosalda Paim recebe estudantes do Curso de Pedagogia. A parceria se estabeleceu a partir do encontro com a Professora Luciana Ostteto, Dra. em Educação, que ministra as disciplinas de Educação Infantil e PPE, na Universidade Federal Fluminense. O objetivo é que os estudantes possam conhecer um pouco o trabalho de quem atua com crianças pequenas em horário integral. Assim, durante algumas semanas, estes futuros pedagogos passam a fazer parte do cenário da UMEI, fazendo observações, interagindo com as crianças e tecendo suas considerações acerca do que viram e ouviram.

Neste ano, no entanto, a suspensão das aulas impossibilitaram que o estágio curricular acontecesse presencialmente. Mas, compreendendo sua importância decidimos nos envolver em um novo desafio, acolher os estagiários virtualmente. Assim, num ciclo de seis encontros semanais, realizamos rodas de conversas com diferentes profissionais e temáticas. 

A Equipe Gestora realizou um encontro apresentando a escola, seja do ponto de vista administrativo, seja da perspectiva pedagógica, apontando os desafios e as possibilidades que ao longo desses anos vem encontrando. O segundo encontro foi realizado pela Pedagoga da UMEI, tendo como foco o cotidiano pedagógico, as interações entre as crianças, entre os adultos e crianças, as ações com os familiares, etc.

Outros encontros foram realizados com professores, a fim de socializar suas experiências com os bebês e com as crianças um pouco maiores. As professoras Roberta Ferreira e Mariana Soler contaram do trabalho de escuta que envolve o seu fazer, o planejamento das ações e o desenvolvimento de assuntos e temáticas. Já a professora Natália Ribeiro contou um pouco do período de inserção dos bebês, das interações que são priorizadas, da disponibilidade necessária para quem trabalha com crianças de dois anos.


Além da Equipe Gestora e  Professoras, também participaram da conversa com os estagiários, as merendeiras Silvana Mascarenhas e Elenice Carvalho, apresentando um pouco do fazer desta Equipe e mostrando como este trabalho se articula com o pedagógico. Afinal, mais do que alimentar e nutrir, o compromisso da UMEI é construir uma cultura alimentar saudável. 




Finalizando os encontros, todo o grupo retornou para a roda de conversa e contou como têm encarado um ano letivo tão desafiador. A pandemia do novo corona vírus exigiu aprendermos novas formas de convivência, seja com os próprios adultos, seja com as crianças. Compartilhar tais desafios com este grupo de estudantes nos ajudou a ratificar o que já sabíamos, o quanto os diferentes fazeres estão interligados. E a ter certeza de que para caminharmos de forma coletiva precisamos nos apoiar num projeto político pedagógico que nos ajude a costurar nossas ideias e sonhos.










quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Identidade racial: entre os direitos das crianças e a sensibilidade dos educadores

Nesta quarta-feira, 18 de novembro, a Equipe da Umei Rosalda Paim se reuniu virtualmente para mais um encontro, no qual discutimos assuntos e temáticas pertinentes ao nosso cotidiano e queremos reafirmar como norteadores do Projeto Político Pedagógica desta Escola de Educação Infantil.

Hoje, o debate foi sobre a construção de uma consciência racial. Contando com a participação da Doutoranda Greice Duarte, tivemos a oportunidade de refletir sobre diferentes situações em que o racismo se faz presente e muitas vezes nem temos consciência dele. 

Lembramos também de projetos que já vem sendo desenvolvidos na Umei por professoras sensíveis a temática e que nos levaram a investir em um assunto difícil, como salientou nossa convidada, visto que mexe com a identidade de cada um e com a identidade que queremos construir na escola. Quais são as referências negras para a Umei Rosalda Paim? Como se identificam as crianças e os adultos que fazem parte deste grupo? Quais são os investimentos que temos feito coletivamente para desenvolver um olhar sensível e atento para a questão da identidade racial?












Finalizamos o encontro com o coração agradecido pela oportunidade de repensarmos nossas práticas e sonhar com novos horizontes, onde crianças brancas, amarelas, azuis, negras, cinzas e vermelhas possam se perceber como sujeitos potentes e amados!




                                        Olélé Moliba Makasi 


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Conselho de Avaliação e Planejamento do Ciclo


O ano letivo se desenrola de forma completamente diferente do que conhecemos. Nossas interações, seja com as crianças, seja com os adultos, acontecem virtualmente, de forma nunca imaginada. No entanto, semanalmente, a Equipe de Docentes e Funcionários continua a se reunir para planejar, traçar novas estratégias pedagógicas, trocar experiências e avaliar o caminho vivido. Nosso objetivo é manter o vínculo afetivo e pedagógico com as crianças.                                                    

Assim, no dia 04/11, realizamos o 1° CAPCI deste ano letivo. O CAPCI é uma estratégia para avaliarmos e replanejarmos aquilo que imaginamos no início de cada período letivo.Neste encontro, discutimos sobre as experiências lúdicas propostas virtualmente, tecemos considerações a respeito dos registros realizados, avaliamos as diferentes situações formativas, discutimos as dificuldades encontradas, entre outros aspectos.


Reunidos virtualmente, a Equipe da Umei discute os caminhos percorridos
neste período de pandemia, quando precisou reinventar seu dia-a-dia.



A profa. Natália tem usado seu bom e velho
caderninho para tecer seus registros.

Célia Claudia, Diretora Adjunta, avalia que este tempo
tem nos permitido olhar para o nosso fazer docente com mais cuidado
e perceber o que está por trás da nossa prática.



A profa Jéssica  considera este um ano sábatico,
 um período no qual ela vem aproveitando para ler, estudar 
e fazer diferentes cursos. É assim que vem  percebendo que
sua prática é recheada de teorias que nem sempre estavam 
claras para ela.





A profa. Luciana faz dos registros pessoais uma forma de 
continuar conectada com as crianças e a UMEI





Recém chegada ao grupo, a  profa. Liliane, considera as 
reuniões pedagógicas semanais um importante
aprendizado para ela, para todos.






       
A profa. Érica fala da alegria que é estar em contato
com as crianças, mesmo que virtualmente, e das dificuldades
dos familiares em terem acesso a internet ou a aparelhos
que permitam baixar os vídeos enviados





Silvana e Ana Claudia, cozinheiras da Umei, falam sobre
 os desafios que tem sido fazer e editar os
vídeos da Equipe. Mas enfatizam a
alegria em saber que também contribuem
para manter vivo o elo com as crianças.


A Diretora Leda Marina, releu o livro
 "Tantos medos e outras coragens", 
 de Roseana Murray,
lembrando o primeiro encontro
remoto realizado neste período.

A Pedagoga, Krýsthinna Sepúlvida, registrou as palavras que para o grupo
traduzem este período. 


 "Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e me imobiliza.Sou professor a favor da boniteza da minha própria prática." 
                                                                                                                                              Paulo Freire