quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Corpo e Movimento

O Grupo de Referência de 5 anos é composto por crianças que adoram correr, pular, brincar e saltar!  Vivenciar o mundo através do corpo é parte do processo de ser criança e as professoras do GREI 5A entendem que o movimento na sala de aula e fora dela  pode se constituir como uma importante estratégia pedagógica, potencializando as interações entre as crianças e os adultos. Mais do que utilizar jogos e brincadeiras para desenvolver o controle motor ou preencher o tempo livre, tal concepção entende que ao explorar os diferentes espaços com o corpo a criança vai ganhando uma  consciência corporal desde muito cedo, permitindo que a mesma aprenda a intencionalmente colocar-se no mundo através do seu corpo. Nesta perspectiva, mente e corpo caminham juntos e a criança é vista como um ser integral. 

Abaixo alguns registros de brincadeiras, atividades não dirigidas e propostas realizadas intencionalmente pelos docentes que acompanham este grupo de crianças.



























segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Bicicletada Infantil

Neste sábado, dia 16 de setembro, as crianças da Rede Municipal de Niteroi participaram do evento Bicicletada Infantil, uma ação do mês da Mobilidade, promovida pela Secretaria de Educação, em parceria com a Nit Trans.

Saindo do Evo e Bistrô Café, as crianças da Rosalda Paim, entre outras, seguiram para o Bicicletário Arariboia, onde assistiram a um show infantil e participaram de sorteios. E adivinhe quem ganhou uma linda bicicleta? 

Antony Bruno - aluno do GREI 5B

Parabéns Antony! Aproveite para se divertir!!!















sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Alimentação: mais que nutrição, uma possibilidade de encontro com a PALAVRA escrita!

Sacola Ambulante: entre sabores e letras 

O tema da alimentação sempre rodeia as ações pedagógicas na UMEI Rosalda Paim, seja no processo de inserção das crianças, na conversa com os pais ou mesmo a partir das curiosidades que vão surgindo nos grupos de referência. No GREI 5B não foi diferente. 

No primeiro trimestre de trabalho, as crianças já foram dando pistas sobre como a temática seria inserida no cotidiano. Brincantes, usaram panelinhas e matinhos para fazer de conta que estavam cozinhando e cuidando da família. Usando a imaginação, criaram vários pratos e serviram petiscos deliciosos!

A partir da observação dos professores, o assunto foi ganhando espaço na sala de aula e muitas ações e atividades foram planejadas. Uma das primeiras atividades foi a construção de uma pirâmide alimentar. Daí surgiu a discussão sobre bons e maus alimentos. Então, a seguir as professoras iniciaram uma degustação de frutas e legumes pouco conhecidos  das crianças. Receitas coletivas também foram feitas: teve o dia do sorvete de beterraba, o bolo de banana e muitos outros.

Tarsila do Amaral ficou conhecida pelas obras O mamoeiro e O vendedor de frutas. Pomar  foi uma das canções do Palavra Cantada mais ouvidas no grupo. E o Abcedário poético de frutas de Roseana Murray inspirou a escrita de um alfabetário de frutas da própria turma. 

São essas e outras atividades que de forma encadeada deram início ao vai-e-vem da Sacola Ambulante. Como o nome sugere trata-se  de uma sacola que a cada semana é sorteada para uma criança. Nela, há uma receitinha saudável, alguns dos ingredientes e uma tarefa a ser realizada com a família: a leitura da receita, o preparo e a escrita sobre a experiência. O intuito inicial  foi envolver a família na vida escolar das crianças, mas um outro objetivo se apresentou como fundamental,  dar sentido ao processo de leitura e escrita no qual as crianças da educação infantil estão inseridas. 

Boas práticas de leitura na educação infantil "existem  onde a leitura e a escrita acontecem em situações reais e significativas, isto é, que estejam inseridas em práticas sociais, em situações interativas" (Corsino, Patrícia e Nunes Fernanda, 2019). Essa etapa da educação básica  não se constitui como um período preparatório para  a alfabetização, mas não podemos furtar as crianças de ampliar seu repertório oral e escrito, oferecendo a ela diversas possibilidades de experiência com a leitura e a escrita. Uma alfabetização que se proponha discursiva precisa compreender que todas as possibilidades devem e podem ser exploradas. Ouvir as crianças, dar voz a sua palavra, ser seu escriba, promover a leitura de diferentes gêneros textuais entre outras ações pedagógicas fazem parte de uma perspectiva de alfabetização e letramento na educação infantil.




































Os depoimentos dos pais nos contam sobre  a euforia das crianças quando sorteadas, do comprometimento em realizar a receita, da preocupação em participar de todos os processos, inclusive aqueles que envolviam cortes, utilizando com todo o cuidado a faca. 

Outro destaque é a participação da família, mães, pais, irmãos, todos contribuindo com  a leitura da receita, o preparo e o registro escrito. 
A proposta  ganha sentido porque tem significado na vida cotidiana, na qual a palavra se oferece enquanto mediadora das relações familiares.

Dessa forma, a educação infantil vai se constituindo como uma grande possibilidade de inserção no mundo escrito, tendo como princípio  "que é por meio da linguagem que se constituem os sujeitos e as relações sociais, e também áreas de conhecimentos, esferas sociais e linguagens sociais de várias naturezas", como salientou Goulart (2019) ao citar Bakhtin (1998).