segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Experiências Musicais

O envolvimento das Crianças do Grupo de Referência 2B com a música

(Relato das Professoras Daniela Duarte e Niedja Brandão)
    
Trabalhar com crianças de dois anos é um desafio, especialmente se desejamos viver experiências significativas e romper com práticas repetitivas, mecanizadas ou dissociadas de sentidos para os pequenos com quem trabalhamos. Desta forma, redescobrir o fazer do professor e apontar outros caminhos tornou-se o nosso objetivo, especialmente neste segundo semestre, quando as crianças já estão inseridas no contexto da UMEI, reconhecendo os adultos como pessoas em quem podem confiar, bem como se sentindo familiarizadas com os espaços e tempos da escola. Assim, as crianças que desde o início demonstraram grande interesse por sons, melodias e  pelos próprios instrumentos musicais nos ajudaram a planejar quais seriam as ações nas quais investiríamos.  

A relação afetiva das crianças com a música acontece, de acordo com Borges (1994), desde muito cedo, podendo ser facilmente comprovada nas reações de prazer que as mesmas apresentam ao serem embaladas, às cantigas de ninar, nos primeiros movimentos de dança, independentemente do contexto histórico-cultural em que estejam inseridas. 

Para fomentar nossa paixão pela música contamos com alguns convidados que enriqueceram o nosso conhecimento musical. A primeira foi da professora Rejane, que realizou com o grupo atividades de ritmo,  brincadeiras com sons, nos ajudando a descobrir  que o nosso corpo também produz sons, que são produzidos a partir de um simples bater palmas, estalar os dedos, do atrito entre um membro e outro, do bater os pés e do pulsar do coração, este último descoberto com o auxílio do estetoscópio.

Oliveira, Bernardes e Rodriguez (1998) afirmam que as crianças, mesmo antes de aprenderem a falar, se expressam através de movimentos, sons e ritmos. A musicalização, desta forma, assume grande importância porque favorece na criança o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, respeito ao próximo, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação, o que é fundamental nestes anos iniciais.

Neste contexto, planejamos confeccionar com as crianças alguns instrumentos musicais como: o tambor, usando lata de leite e palito de churrasco com espuma e bexiga para fazer a baqueta; o chocalho, usando garrafa pet e milho; e o violão, usando caixa de sapato, etc. As crianças participaram colorindo as caixas e as latas com tinta guache e colocando o milho na garrafa pet. Elas adoram mexer com tinta, ficaram super concentradas e satisfeitas com o resultado obtido. Durante estas atividades desenvolvemos a coordenação motora, além de explorar as cores e tantos outros conhecimentos . 


Recebemos também a Talita, uma convidada que passou uma manhã super agradável conosco. Ela iniciou com a história “Onde está minha mamãe? Bezerrinho”. E através desta história explorou  com as crianças os sons dos animais. Em seguida, apresentou uma caixa com vários instrumentos musicais de fácil manejo das crianças, como: reco-reco, pandeiro, triângulo, agogô, chocalho, coco, maraca, prato e flauta, e conforme apresentava, tocava o respectivo instrumento para que as crianças ouvissem o som produzido e aprendessem a manuseá-los.  Também fez uma brincadeira de adivinhação, tocando na flauta as notas de determinada música a fim de que as crianças exercitassem a percepção auditiva e descobrissem qual música estava sendo tocada. Para encerrar, cada criança escolheu um instrumento para tocar ao som da música “A baleia”, escolhida por elas. Um dia de muito aprendizado e diversão.





 Também recebemos a visita da professora Cecília, que veio alegrar a nossa rodinha com o seu violão. Neste dia, cantamos muitas músicas ao som do violão. Depois que foram deixando a timidez de lado, as próprias crianças começaram a solicitar suas  músicas preferidas. Aproveitamos o momento para brincar com o violão que confeccionamos com o grupo, acompanhados pelas notas musicais tiradas na viola de Cecília.
  
Vivenciamos com as crianças muitos momentos de musicalização: durante a rodinha, na contação de histórias, no cantinho da árvore, no parquinho, na visita ao Museu Janete Costa etc. Percebemos nas falas e ações de cada criança a compreensão de que é possível produzir sons de diferentes formas e que a música não está inserida apenas nas canções do dia a dia ou na música que escutamos em um aparelho de CD, mas ela está por toda parte. À cada experiência, tínhamos a total atenção dos pequenos e fomos percebendo um novo olhar deles em relação à música!












sábado, 10 de novembro de 2018

Sábado com a Família

Neste sábado, 10 de novembro, realizamos mais um encontro com as crianças e familiares da UMEI Rosalda Paim. Uma atividade singela, alegre e cheia de cores. Recebidos com um gostoso café da manhã, crianças e adultos, brincaram, cantaram e divertiram-se numa manhã animada e recheada de sorrisos.

E para animar a nossa manhã, recebemos nosso amigo e pai da Melody (5B), o Abel, que com seu violão cantou e animou o nosso dia.




Acompanhado das professoras, Abel fez todo mundo dançar.



Além disso, as crianças assistiram o filme "Hotel Transilvânia 3: férias monstruosas", a história de uma família de monstros super simpáticos que embarcam de férias num Cruzeiro. O que eles não sabiam é que a capitã do navio guardava um perigoso segredo que poderia destruir a vida do Drácula e toda sua família.
Cinema com pipoca fica ainda mais gostoso

 


Mas enquanto ocorria o cineminha com pipoca, os pais se divertiram participando do nosso famoso bingo. Uma brincadeira que deixa a todos ansiosos para conhecer os sortudos que ganharão os prêmios oferecidos por amigos-padrinhos que acreditam na parceria entre a escola e a família e colaboram para que a brincadeira fique ainda mais animada! Abaixo os ganhadores de 2018:


Nossa querida Gilçara ganhou a pranchinha de cabelo!

A mãe de Lauane (2B) levou uma linda sanduicheira!
O pai de Helena levou para casa uma sanduicheira!
E o prêmio mais cobiçado, o microondas,
 ficou com os pais de Davi(2B)!

A  avó de Nycolas (3B) ganhou essa linda bicicleta!



Um viva para as crianças e adultos que fazem parte da UMEI Rosalda Paim!

terça-feira, 6 de novembro de 2018

A Cultura Africana invade o GREI 4B!

O diálogo entre a Literatura Infantil e a Arte

(Relato da Professora Cristiane Nascimento)

A partir da apresentação da obra “A negra” de Tarsila do Amaral,  as crianças do Grupo de Referência 4B, junto com suas professoras, conversaram sobre as impressões a respeito da  pintura e exploraram a questão da diversidade, assunto que compõe o cenário dessa sala. 

O interesse e ao mesmo tempo as dúvidas sobre quem é negro, como também a negação da própria cor, nos motivou a explorar o tema da Cultura Africana. A partir de então, esse assunto passou a fazer parte das nossas rodas de conversas e da nossa rotina. A Literatura tem nos encantado com alguns títulos, como “A princesa Violeta”, “Os mil cabelos de Ritinha”, “Bettina”, “Menina bonita do laco de fita”, “As trancas de Bintou”, dentre outras histórias cujas personagens são negras e muito bonitas.  Cada história teve a sua importância e proporcionou o envolvimento deles com a temática, incentivando a valorização da beleza de cada um, reconhecimento de sua própria cor e elevação da autoestima.

Em parceria com os pais, foi possível realizar uma atividade com fotos das famílias de cada um, a fim de que as crianças pudessem perceber e comparar as misturas e a própria origem. “Tia, eu sou toda misturadinha! Meu pai é branquinho e minha mãe é pretinha, por isso nasci assim! A cor do pai e o cabelo da mãe!”



Por falar em cabelo, a partir dos livros  “As tranças de Bintou” e “Bettina” conversamos um pouco sobre a história das trancas afro, principalmente a Nagô e seus significados. Aqui no Brasil e em outros países da América Latina como a Colômbia, no período da escravidão elas foram usadas de maneira muito inteligente, como forma de comunicação entre os negros. As mulheres negras tinham o costume da trançar seus cabelos e faziam os mapas na cabeça umas das outras, desenhados com as tranças para encontrar o caminho nas fugas para os quilombos. A simbologia da resistência também é muito forte nas tranças nagô. (http://laspretas.com.br/trancas-nago-as-trancas-de-raiz/)


Dessa forma, propusemos uma atividade em que pudéssemos incentivar a “Arte da trança”. Ensinamos as crianças a fazerem tranças com tecidos e convidamos algumas pessoas para essa tarde especial, como um cabelereiro profissional com experiência nesse tipo de penteados, professoras de outros Greis, funcionários da escola e a mãe de uma aluna.

Nossa atividade foi um sucesso!!! As crianças adoraram os penteados realizados e o objetivo de se reconhecerem bonitas e de aceitarem seus cabelos do jeito que são foi alcançado.