sábado, 15 de fevereiro de 2020

O planejamento da ação docente

Nesta segunda semana de trabalho, recebemos as crianças. Uma chuva de expectativas recaiu sobre nós: quem seriam as crianças com quem trabalharíamos? E a parceria entre os docentes? Afinal a bidocência na educação infantil de horário integral na rede de Niterói é um desafio constante, pois dois professores dividem um mesmo grupo de referência, cuidando e educando crianças de dois a cinco anos. Que projetos serão desenvolvidos? Que autores serão homenageados? Que brincadeiras serão propostas?

Diante de tantas perguntas, destinamos as tardes de trabalho para estudar e planejar o acolhimento e as primeiras investigações sobre o que já sabem as crianças, além de pensar em situações nas quais as crianças possam ir apontando caminhos para traçarmos projetos e assuntos que serão desenvolvidos durante o primeiro semestre. Para Ostetto, "o planejamento educativo deve ser assumido no cotidiano como um processo de reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico." (2012)
Dessa forma, a Pedagoga da UMEI junto com os professores se debruçaram a discutir o assunto e a planejar os primeiros dias de trabalho de 2020. Temos clareza de que o planejamento depende da visão de mundo, de criança, de educação que trazemos conosco e dos objetivos que queremos alcançar. Como aponta Ostetto (2012), o planejamento envolve escolha: o que incluiremos, o que deixaremos de fora, onde e quando realizaremos isso ou aquilo, o que será prioridade. 
Assim, no vídeo abaixo, capturamos duas situações planejadas pelas duplas de professores, revelando um pouco do que pensam sobre as crianças e do currículo que diariamente vamos construindo na UMEI Rosalda Paim. A primeira, uma brincadeira realizada com o grupo de referência de cinco anos, na qual as professores, parceiras mais experientes, brincam e interagem com as crianças.  A outra, uma rodinha, na qual as crianças de quatro anos são desafiadas a descobrir o nome do amigo sorteado. Nestas situações, mais do que  um ponto de chegada, busca-se um ponto de partida, no qual as brincadeiras e as interações se constituam como nosso pano de fundo.










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