terça-feira, 16 de outubro de 2018

A literatura para além dos muros da escola


O balde viajante
(Relato das Professoras Jessica Dantas e Érica Santos)

A literatura infantil tem  movido o Grupo de Referência 4A desde o início do ano letivo. Dentro e fora da nossa sala, tem promovido momentos prazerosos e significativos para todo o grupo. Nossos dias são recheados de descobertas e brincadeiras de faz-de-conta frequentemente deflagradas pelas histórias contadas por nós professoras e/ou “lidas” por eles espontaneamente no cantinho da leitura. Dizemos lidas por eles, porque apesar de a leitura ainda não ser realizada convencionalmente (junção das letras, sílabas e palavras), nossas crianças leem a partir das ilustrações dos livros literários que dispomos na sala, bem como a partir de outros elementos encontrados nos textos. 

Temos observado o reflexo desse estímulo nas brincadeiras de faz-de-conta que, dia após dia tem apresentado enredos mais complexos, dramas, mortes e especialmente relatos de vivências familiares. Notamos também que alguns de nossos pequenos, os mais tímidos ou reservados, mantém com os livros uma relação íntima de troca, de companhia, de parceria.

No inicio desse ano letivo, lemos para eles a maravilhosa e riquíssima história “Guilherme Augusto Araújo Fernandes”  (Men Fox e Julie Vivas - Ed. Brinque Book)). O objetivo inicial era explorar o nome e sobrenome dos personagens fazendo-os assim, perceber o próprio nome como sua identidade. Assim fizemos. Mas essa historia reservava muito mais para o nosso grupo! As crianças ficaram extremamente sensibilizadas com a amizade verdadeira entre Guilherme e os idosos do asilo, especialmente com o Cesto de Memórias criado por ele para trazer à tona as memórias que a Dona Antônia, personagem do livro, havia esquecido.

Foi aí que tivemos a ideia de fazer com eles, em parceria com a família, o cesto das memórias. A família enviava um objeto da criança em segredo e nós colocávamos no cesto para ser desvelado durante a roda de conversa matinal.

Após essa experiência, que ajudou a movimentar as conversas em nossa rodinha, fizemos o movimento inverso juntando as duas experiências, criando o o BALDE VIAJANTE.


Dentro de um balde, confeccionado para a atividade, colocamos alguns livros literários que já lemos com e para eles e, um objeto afetivo da nossa sala (um brinquedo, um  jogo ou um objeto que a criança goste  mais) e um caderno para que as famílias registrassem junto com a criança a experiência de leitura de um dos livros ou vários deles e as conversas que surgissem a partir do objeto encontrado no Balde.
                












    



Esperamos com essa experiência, envolver ainda mais as famílias no cotidiano escolar. Acreditamos que a literatura infantil possa nos ajudar a construir um canal de comunicação mais afetivo, contribuindo para uma escola mais acolhedora e cheia de significados para a criança. Para nós, a literatura é um dos caminhos para o desenvolvimento da criatividade e da imaginação, além de proporcionar um delicioso momento de trocas e de convivência familiar.







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